sexta-feira, 17 de junho de 2011

Simplesmente Viver

Agora, amplamente livre de viver em paz, não precisava mais pensar em perpetuar o momento puro e belo da vida. Peter Pan ficara dentro do livro, e era reconfortante saber que de lá nunca sairia.
Divinamente simples era a futilidade do pecar. O pecado muda de sentido conforme mudam as coisas como elas são. E o que era feio talvez agora fosse bom, ou simplesmente existisse, indiferentemente.
Lembrariam daquela torpe luz? Não fosse a sombra projetada na parede? Entender a dualidade da vida e perceber que o certo não é nenhum dos lados, mas sim o equilibrio.
Mas ao mesmo tempo perceber que não é necessário buscar um termo que por certo se pense, mas sim, simplesmente viver.
– Esse é o segredo, acredite em mim – ele dizia.
– Você não entende – ela respondia.
– Você não sabe o que diz, eu demorei pra chegar a essa conclusão – insistia.
– Você não entende mesmo, abra sua mente – responde em meio a uma gargalhada.
Ela sabe o que fazer e o que pensar, não quer mais a manipulação. Viver era o seu desejo, criar seus próprios pensamentos e construir seus conhecimentos sobre os pilares que realmente acreditava.
E ela realmente está certa.

R.F.

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